quinta-feira, 7 de maio de 2015

KLÉCIUS LEITE FERNANDES



Bruno Steinbach. "Sagarana na Pedra do Reino de Ariano Suassuna e Guimarães Rosa".
Pintura em óleo/tela, 80 x 163 cm. Dez 2012. João Pessoa, Paraíba, Brasil.
Coleção: Peterson Martins. João Pessoa, Paraíba, Brasil.

"Nesta obra, vejo arte e mais alguma coisa!
Vejo....
O flagelo da seca representado pela vaca magra! E no reflexo de suas costelas, vejo homens gordos, eloquentes e bem parecidos, mas eles não choram, não por não ter lágrimas, mas por não possuir sentimento!
Vejo...
Apesar de tudo, a valentia do povo sertanejo representado pelo vaqueiro com seu alazão nas brenhas da catinga entre os espinhos da jurema, do xiquexique e do mandacaru... Rasgado do castigo do dia, ainda tira o chapéu em sinal de respeito, agradecendo a oferenda divina!
Vejo....
A religiosidade e a sabedoria aqui representados pela sagrada escritura e pela árvore escriturada da vida, "a Sabedoria"... e ao contrário do que todos pensam, a sabedoria é bela, feminina e verde e sempre cresce com o passar das primaveras, deixando cair seu ensinamentos no outono!
Vejo...
O folclore que representa a manutenção dos bons costumes populares como o boi Bumba, procissões... E aqui, representado pelos tropeiros nordestinos onde o Paraibano pernambucano Ariano Suassuna lidera, trazendo na mão direita a lança da justiça!
Vejo....
As bandeirolas coloridas simulando um arco-íris envolta da fogueira de São João e que representam os festejos juninos, o verdadeiro natal desse povo aguerrido!
Vejo....
A multidão, carregando as imagens de santos, cangaceiros, símbolos e velas acesas, demonstrando o sincretismo religioso unido pelo respeito às crendices individuais!
Galhos de arruda, imagens sacras, cruzes, cartas ,promessas, lágrimas, devoção e choro dão um tom que os viajantes vem de diferentes pecados para um lugar que buscam, chamado salvação!...E é um caminho árduo e tortuoso e há quem ainda dobre seus joelhos, sentindo na carne aquilo que um dia foi sentido na alma!
Vejo...
Também, lá no fundo, um rio à beira de uma cidade, mesclando um centro histórico com prédios modernos arranhando o céu divino!
Vejo....
Finalmente, o artista que colocou na ponta do pincel tantos sentimentos esparramados em sua obra, que não é só arte, mas inspiração divina!
Parabéns ao artista Bruno Steinbach Silva!"

(Klécius Leite Fernandes, Facebook, 21 de abril de 2015).

segunda-feira, 30 de abril de 2012

BRUNA STEINBACH


Um novo olhar à obra de Bruno Steinbach, exposta no hall do CTL do SESC Cabo Branco.

Através da imagem esculpida pelos pincéis de Bruno, podemos explicar aos nossos vizinhos o que Renata Arruda quis dizer em sua música... E não é para ter orgulho desse lugar?



À primeira vista nos encantamos pela beleza. É como se já fizéssemos parte do processo de criação do artista, da mesma maneira quando lemos um livro nos sentimos personagem da história ou quando ouvimos uma canção nos identificamos com a letra e sua musicalidade, na pintura não haveria de ser diferente… Digo isso porque a tela nos puxa para dentro, nos impulsiona ‘para o infinito, lá longe, onde moram os nossos sonhos’. Podemos observar essa sensação que nos é causada na representação de profundidade da obra. O clarão do sol, a canoa naufragada nas areias e as sombras das falésias da Ponta do Seixas juntamente à linha do horizonte criam essa dimensão profunda na paisagem. Viva o azul do céu, do mar, viva o belo, viva à arte!
Somos além de meros expectadores, somos leitores de uma obra e fazemos a leitura diante das expectativas de nossas emoções. E a obra de Bruno Steinbach tem esse marco, essa presença indiscutível em criar uma alusão ao que nos direcionamos à enxergar ou não. Um artista de uma paraibanidade distinta, sem dúvida, que pincela os seus sentimentos na mais pura forma de arte e nivela as suas cores no regozijo da vida, seja em corpos ardentes (sua principal marca) ou nas paisagens.
A obra de Bruno Steinbach, “Ponta do Cabo Branco, opus IV” em acrílica/tela, 144 x 270 cm, abril de 2012, João Pessoa, Paraíba, Brasil, nos remete à um dos mais belos cartões-postais da Paraíba, no qual uma alma também encantadora disse que “somos a porta do sol neste país tropical…”.
Através da imagem esculpida pelos pincéis de Bruno, podemos explicar aos nossos vizinhos o que Renata Arruda quis dizer em sua música… E não é para ter orgulho desse lugar? E acabar de vez com toda a forma de discriminação contra o povo paraibano? Não preciso dizer mais nada, a obra de Bruno Steinbach fala por si mesma.
À convite do SESC, o artista plástico expôs a tela em local privilegiado, no hall principal do Centro de Turismo e Lazer (CTL) do SESC Cabo Branco, localizado na av. Cabo Branco, próximo à praia dos Seixas, onde foi inaugurado último dia 25, com a presença do Presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Antônio Oliveira Santos, o Presidente da Fecomércio Paraíba, Marconi Medeiros, o Governador do Estado da Paraíba, Ricardo Coutinho, autoridades e funcionários do Sesc Paraíba.
Esta é mais uma iniciativa do Serviço Social do Comércio (Sesc) que dá a sua contribuição à valorização da arte e seus artistas paraibanos.

Bruna Steinbach

Publicado em 29 de abril de 2012 às 12:30

sexta-feira, 15 de abril de 2011

LAU SIQUEIRA

Grande Bruno Steinbach, um dos maiores artistas plásticos deste país. 
Circula entre a tradição e a transgressão estética com a naturalidade de quem anda de bicicleta na orla... rsrs. 
Maravilha!

VERA SEBASTIANA

Segundo se diz, uma estrela cadente garante a realização de um  desejo. Mas peça dois. 
51 anos e um porte heróico. Vitalidade e gestos cativantes em sua doçura. Já  é hora de ser reconhecido. Aplaudido. Seu sucesso vai ser mais fascinante do que lindo. Você é fabuloso.
Quem disse isso?
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
E todos aqueles que quiserem assinar embaixo.
[beijo]

Orkut, julho de 2010.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

IRENE DIAS CAVALCANTI

_____________________________________            Falar em Bruno Steinbach Silva é lembrar perseverança, talento e inteligência. É dizer de uma vida dedicada a Arte em todas as suas fases - mesmo naquelas mais difíceis, quando o mundo lhe parecera estreito e com as luzes apagadas. Mas, nada o deteve em seu fascinante roteiro de artista; a sua ânsia de colocar em telas as coisas ditadas por sua mente prodigiosa.
Lembro-me de seu primeiro vernissage, em 1976, na Galeria de Arte Pedro Américo, localizada no antigo prédio da Coex, em João Pessoa, Paraíba - sua cidade natal, onde sempre fez questão de morar e trabalhar. Esse acontecimento me levou a buscar em suas pinturas o motivo de tanta exuberância, com a sua juventude marcando a sua arte com pinceladas vigorosas, sugerindo sensualidade, lirismo, paixão.
Por todo esse tempo, jamais deixei de acompanhar o seu trabalho de autodidata, a sua vida sempre dedicada à pintura, o refinamento de quem sabe fazer e o faz muito bem.
Impossível não identificar as suas obras, porque elas trazem dentro de si a essência da vida, com seu estilo próprio mergulhado em asas multicores, dando a impressão de buscar no infinito multidão de estrelas para abrilhantar o mundo em que vivemos e dizer a este mundo que o talento é um dom Divino e Bruno, acertando ou errando, sempre carrega a chama da determinação.
Nas suas veias existe a dor do fado, certamente trazida por seus ancestrais portugueses em orgias verdes dos ciganos. O avô alemão trouxe a grandeza das catedrais da Alemanha, a música dos grandes mestres eruditos, a estupenda capacidade e criatividade do povo germânico.
Filho de mãe baiana e de pai paraibano, ambos ardentes e tempestuosos como a própria geografia nordestina. Essa mistura magnífica talvez explique a universalidade da sua arte e a tenacidade do seu caráter, que jamais permitiu que em nenhum momento - até nos mais árduos - fosse possível se deter o esplendor do seu trabalho.
Bruno, esse nordestino obstinado, carrega dentro de si o brilho de uma vocação e de uma abnegação irresistíveis, que o fortaleceram para jamais deixar de expressar em suas obras mensagens de amor, transformando toda a sua melancolia em rasgos de esperança para um mundo melhor.
Irene Dias Cavalcanti
                             João Pessoa, Paraíba, setembro de 2004.

ALFONSO DIAS BERNAL


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Sempre tentando ser fiel aos propósitos que me envolvem com as artes plásticas, a lembrança, hoje, de toda a trajetória de fatos dos quais participei dentro do panorama cultural deste Estado trouxe-me à tona um dos momentos mais marcantes de minha vida profissional, junto à Universidade Federal da Paraíba, quando criador e diretor da Galeria de Arte Pedro Américo, no início dos anos 70.
Esse fato ora aqui lembrado, com grata satisfação, me faz voltar a uma época de verdadeira explosão artística nesta região, da época em que se começava a sentir o interesse de uma juventude entusiasta e fiel aos seus propósitos artísticos, da qual hoje temos diversos nomes de grande relevância que representam bem a Cultura Paraibana. Entre esses nomes está o de Bruno Steinbach Silva, que, justamente nessa época, me procurara para mostrar alguns trabalhos de sua autoria, já pertencendo ao grupo de alunos matriculados no curso de pintura que era oferecido pelo então Setor de Artes da UFPb, que funcionava na Praça Rio Branco, nesta Capital. Bruno se destacara de maneira muito peculiar, pois tinha um desenho forte e definido, deixando no observador mensagens de um infinito estímulo ao eterno amor adolescente. Realizamos a sua primeira exposição individual: Um sucesso!
Depois de trinta anos de trajetória artística, em dias passados, Bruno novamente me procurou, com a mesma humildade, para repetir o mesmo gesto; trouxera várias imagens de suas obras para me mostrar e, da mesma forma, pediu-me para escrever um texto para a sua próxima exposição, uma mostra retrospectiva que acontecerá no Salão Pedro Américo, Casarão 34, em João Pessoa, Paraíba.
Fiquei encantado com o que vi!
Sempre fiel a um figurativismo contemporâneo, repleto de um expressionismo pictórico forte, marcante e muito bem cromatizado, que nos deixa perplexos ao perceber que a sua temática continua a mesma, mas trazendo à tona um amadurecimento sentimental de grande poder sensual, usando novas técnicas criadas por ele e, dessa forma, mostrando-nos também o seu requinte profissional, nos deixando extasiados com a pureza de seus trabalhos e, também, como na primeira vez que ora lembrara, brindando-nos com grandes dosagens de infinito amor.
“Ser um artista não é querer, nem sentir-se, nem sequer um dia pretender... Mas, sim, manter-se eternamente em estado de graça... Muito perto do Criador”.
                 Alfonso Dias Bernal
                    João Pessoa, Pb, setembro de 2004.


VICENTE VITORIANO


Diário de Natal
Natal-Rn, quinta-feira, 17 de setembro de 1998.
Atualizando os          Assuntos

Bruno Steinbach
Nômades Amantes do Tempo”
Pinturas
CAPITANIA DAS ARTES
De 04 a 16 de setembro de 1998

Por que ficamos embevecidos com o erotismo de Bruno Steinbach? Hoje, quando a sexualidade e mesmo muita pornografia assola todos os meios de comunicação e esse tema passa a ser cotidiano , apelativo e até aborrecido, poderíamos descartar com simples olhadelas esse conjunto de pinturas que trata justamente de sexo, mais precisamente de atos heterosexuais. Mas, não.

DISCURSO

Ainda que Steinbach, dentro mesmo de sua mostra, repita e repita imagens. Aliás, pode-se dizer que nessas repetições o artista usa um discurso metalingüístico para “discutir” a invasão massiva da sensualidade no nosso dia a dia. Não nos dizendo “seja assim” ou “experimente isto”, como um publicitário, mas afirmando “estes somos nós”, como um humanista.
O ato sexual em sua universalidade é, todo modo, um tema que pode, inclusive por toda esta sua superexposição,ser apreendido por qualquer pessoa, “até por um motorista de ônibus”, como diz Steinbach. Ninguém pode fujir a uma identificação.O orgasmo, o prazer sensual é tratado em sua natural crueza, sem esteticismos, surrealismos ou quaisquer recursos de escamoteamento do tema, numa procura mesmo da comunicação direta, da revelação de que sexo é bom, é naturalmente belo.
O desenho preciso de Steinbach - desenho realista que nada tem a ver com um expressionismo tipo Munch, Schiele ou Van Gogh - resolve este propósito muito a contento, ainda mais porque ele sobejamente o finaliza com jogos rítmicos de vibrantes pinceladas.
Talvez fosse mais apropriado dizer que Steinbach lança mão do expressionismo abstrato - do tipo Pollock - ou do tachismo, dada a evidente velocidade com que apõe tinta ao suporte. Às vezes ele recorre a um típico dripping (gotejamento) expressionista, incômodo e quase sempre desnecessário. Mas estes recursos são funcionalmente retóricos ao induzir movimento, aspersão e derramamento de líquidos, absolutamente próprios ao tema.

CORES

Por outro lado, aproximar o “estilo” de Steinbach do impressionismo talvez continue impróprio, já que a cor - elemento primordial do impressionismo - é tratada por ele também segundo esquemas mais próximos do conteporâneo, mais dentro de uma linguagem Pop. A repetição de imagens, inclusive, seria outra característica Pop que o artista associa a estas suas escolhas pela monocromia ou por sutis arranjos analógicos de cor.
A tinta acrílica, seja sobre Duratex ou sobre cartão, é muito sabidamente utilizada por Steinbach, especialmente na exploração do tempo de cura e dos contrastes entre opacidade e transparência.
Como resultado, temos soluções muito pessoais informando sobre a consciência artesanal do artista, que nos brinda com obras realmente ricas em sua harmonia entre forma e conteúdo.


Natal-Rn, quinta-feira, 17 de setembro de 1998.
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CANINDÉ QUEIRÓZ

Gazeta do Oeste
Quinta-feira, 3 de setembro de 1998. Mossoró - Rn.
Penso, Logo...
C A N I N D É           Q U E I R Ó Z
Exposição
Recebo um convite para a exposição do pintor Bruno Steinbach e novamente fico surpreso com a extraordinária arte tematizada em sua obra. A exposição denominada “Nômades Amantes do Tempo” existirá na Capitania das Artes, na capital do Estado, patrocinada pela Fundação Cultural Capitania das Artes e Prefeitura Municipal de Natal, tudo acontecendo na Galeria “Iaponi Araújo”, Capitania das Artes, às 20 horas do próximo 16 do corrente, das 9 às 18 horas.
II
Olha, já é chegada a hora de nosso Estado e o país reconhecerem a arte extraordinária de Bruno Steinbach, um paraibano de João Pessoa que adotou Mossoró como sua terra natal. O Bruno tem natureza visceralmente nômade, sendo neto de alemães, filho de pai paraibano e mãe baiana, portanto mostrando um tempero muito brasileiro. A apresentação é do advogado Toinho Rosado, um gênio na arte de escrever, e sobre o Steinbach diz: “ A arte de Steinbach é nômade, percorrendo todos os lugares pela força da imaginação criadora. Aliás, uma portentosa força telúrica, indefinida no tempo, no sincretismo universal do ato de amar”.
III
Veja, temos aí dois loucos reunidos, o Bruno Steinbach e o Toinho Rosado, mas acometidos daquela loucura que vitimou Van Gogh, Cervantes, Leonardo da Vinci, Flaubert ou Balzac, uma loucura divina que transcende o humano. Ninguém deve perder a exposição do Bruno Steinbach e também arquivar a apresentação do Toinho Rosado, e todos devem se contaminar com a loucura genial de ambos.

PAULO LINHARES


Arte de Steinbach é transitiva e estilisticamente nômade
(Extraído de texto publicado no jornal GAZETA DO OESTE, domingo, 21 de junho de 1998, Mossoró - Rn).

Talvez a mesma intolerância que um dia levou um Bruno à fogueira podou uma parte da vida de um outro Bruno, o Steinbach, segregando-o por mais de uma década nas enxovias do Estado,porém, não conseguindo destruir nele a paixão pelos mistérios das cores, das formas e dos sentidos tantos das cores e das formas.
Inventariadas as cicatrizes que lhe foram impostas, agora Bruno Steinbach Silva emerge nas asas do tempo para presentear nossos olhos, já tão fatigados pela mesmice da massificação cultural, com a luz de sua pintura, confessadamente arraigada em dois dos mais importantes estilos da pintura do século XX, o expressionismo e o surrealismo.
É bem verdade que mais próximo do primeiro que do segundo. Seu matiz é mais nitidamente expressionista. Entretanto, finda a arte de Steinbach sendo mesmo transitiva, estilisticamente nômade, porquanto o conjunto de sua obra é perpassado por diversos estilos, embora tenha como traço comum a desobediência (revolucionária) às restrições ditadas pelos estilos da pintura clássica. Além de estabelecer no processo de criação objetivos e sensibilidade muito próximos do artista no tocante à representação do mundo, em que a forma, a linha e a cor são trabalhadas independentemente de exigências temáticas, embora sem descambar para a abstração pura e simples.
Na pintura de Bruno Steinbach Silva o significado das coisas prevalece sobre a aparência., de modo que sua temática não traduz a realidade imediata, mas uma representação dela concebida pelo artista e que estaria mais próximo na transmissão da verdadeira natureza do objeto. É aí que reside o seu expressionismo como estilo mais marcante e que muito bem será explicitado nas obras que compõem a sua exposição “Nômades Amantes do Tempo” - que termina hoje no Museu Municipal.
Por isto tudo, vale a pena vê-la para sentir a pujança com que renasce o artista Bruno Steinbach Silva.
PAULO LINHARES
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DORIAN JORGE FREIRE


Gazeta do Oeste,
Sexta-feira, 19 de junho de 1998. Mossoró- Rn.



PINTURA
Mossoró tem hoje às 19 horas de ir apreciar no Museu Municipal a arte de Bruno Steinbach. Pintura expressionista das boas.
Ele veio deixar o convite, e, cheio de caridade, se pôs à minha disposição para carregar o velho jornalista em véspera de 50 anos de labuta profissional nos braços para conferir a sua arte. Ela tem de ser ótima, sendo de quem é!
Não poderei ir, mas beijo a testa do artista e as mãos de France, sua musa.

ANTÔNIO ROSADO MAIA

Opinião
Artista tem natureza visceralmente nômade

    Especial
Neto de alemães e portugueses, Bruno Steinbach é filho de pai paraibano e mãe baiana, com tempero bem brasileiro. Vive atualmente em Mossoró, onde o negro do petróleo extraído das profundezas da terra contrasta com o branco imaculado do sal cristalizado das águas puras do oceano que vem beijar molhado praias artisticamente belas.
A Arte de Steinbach é nômade, percorrendo todos os lugares pela força da imaginação criadora. Aliás, uma portentosa força telúrica, indefinida no tempo, no sincretismo universal do ato de amor. Nos quadros do artista, o sexo está presente; não explicitamente vulgar, todavia insinuado nos gestos de uma pintura sobretudo expressionista.
“Nômades Amantes do Tempo” intitula a exposição de Steinbach. E tem tudo a ver, inclusive ver. Falar sobre arte é perda de tempo. Imprescindível é ver. Os quadros de Steinbach adornam paredes sofisticadas da Europa, Estados Unidos e Canadá, integrando coleções particulares dos aficcionados da verdadeira arte.
(Extraído de texto publicado na Gazeta do Oeste, Mossoró- Rn, 7 de junho de 1998).

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